30 março, 2008

Lenine na concha


Concha Acústica da fito. Poisé.

Diga aí, diga lá, vc já foi pra Osasco, nega? Não?
Tem que ir, tem que ir...

Meu celular colaborou na cobertura com registro sem igual. Seguem as fotos e a música do bis.




paciência

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não pára...

Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...

Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...

O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...

Será que é tempo
Que lhe falta prá perceber?
Será que temos esse tempo
Prá perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Mesmo quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára
A vida não pára não...


27 março, 2008

PÁSCOA!!!



















Quando eu e a Gabs éramos pequenas lembro que a ansiedade pra páscoa não cabia na gente. A noite anterior era uma euforia, quase não conseguíamos dormir depois de passar a tarde tentando encontrar nossos ovos, que ficavam guardados no armário, no porta malas do carro ou noutro lugar considerado estrategicamente distante do nosso alcance.

Na manhã seguinte a gente acordava muito muito cedo (pq normalmente a gente acordava só muito cedo) e começava a caça... Toda a excitação da noite anterior ia aumentando mais e mais enquanto a gente revirava todos os cômodos da casa atrás dos presentes do coelho. Era uma correria gostosa! E o crescendo só terminava quando finalmente a gente punha as mãos no pacote colorido de celofane. Às vezes acabava em briga, às vezes em risada, mas sempre -sempre- com a boca cheia e lambuzada de chocolate :)

Eram tantos ovos...

Nem lembro muito das caças aos ovos em si pra falar a verdade, lembro mais é dessa ansiedade e euforia mesmo, lembro que páscoa era um dos eventos que deixavam a gente animada e com um frio na barriga. Criança é tão legal, né?

Hoje em dia não tenho mais essa euforia toda. Ainda adooooro ganhar chocolates :) mas a dinâmica é outra. Eu e a Gabs já estamos crescidinhas, né? Agora é a gente quem esconde os ovos. Mais do que isso até, a gente faz os ovos!!! E essa é a nossa diversão agora. Começamos na páscoa do ano passado, a coisa ainda não funciona lá muito bem, mas agora tá melhorando... Os ovinhos ficam meio amassados, meio derretendo, meio mal embrulhados, hehehe, mas ficam uma delícia!!! Vamos ver se essa vira a nossa nova tradição e em alguns anos, quem sabe, a gente já não consegue fazer ovos que aguentem ficar bem fora da geladeira, né?

Mas fato é que o domingo de páscoa agora nem traz frio na barriga, nem ansiedade, nem nada. Acho que eu cresci e a festa mudou de significado... Pra mim é uma data em que eu vejo a vó e em que as pessoas gostam de ganhar chocolate. E como eu gosto de fazer coisas e dar pras pessoas, faço ovos e fico feliz em dá-los pras pessoas. Depois como bastante no almoço e vou tirar uma soneca tranquila.

:)

Ah sim, a foto aí em cima... Foi tirada no domingo de páscoa. Somos quatro aí, o dani, eu, a paula e a gá, ficou faltando o tiago, que tava na chácara.

18 março, 2008

Cambia, todo cambia

Já ouviu a Mercedes Sosa te dizer isso? Não? Pois deveria.

Deveria porque muda sim, tudo muda.

Muda sem aviso prévio, com aviso, sem você querer, ou querendo.

Muda o superfical, muda também o profundo, muda o modo de pensar, muda tudo neste mundo. O clima muda com os anos, o pastor muda o seu rebanho e assim como tudo muda que eu mude não é estranho.

Muda, tudo muda.

Porque se não mudasse vc nem crescia, nem via o mundo passar por você, nem se reconhecia na vida. Acorda! Você sabe quem você é? Sabe???Se conhece? O que você quer? Hein? Isso sou eu falando comigo mesma....

Tudo sempre muda pra mim. Adoro me ver mudando, adoro sentir que mudei, que sou outra que nem pensava ser. Mas é mentira dizer que sempre é fácil, pain free. Mentira das grandes. Às vezes é, verdade... Mas às vezes não.

Agora, neste exato momento? Tá sendo bom :) Andar com as minhas próprias pernas e me sentir tranquila com isso, essa é a parte boa :)


09 março, 2008

Soneto meu

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.


Eu odeio Vinícius de Moraes numa hora dessas.

Como é que ele pode descrever isso tudo se isso é meu?