18 janeiro, 2018

Das marcas que a vida deixa na pele

Faz quatro anos ganhei escondido a semente de uma árvore linda. Sem eu nem reparar ela caiu no terreno fértil do meu peito e cresceu rápida e viçosa no espaço de um ano. Nesse tempo floresceram umas flores lindas, de tirar o fôlego.
Mas com um ano as flores todas murcharam.
Morreram todas. Tudo secou.
E foi a tristeza mais triste que eu já vi.
E eu achei que era o final da história.
Mas planta é um negócio, né? As flores foram embora, o viço, a cor.. Mas a árvore não morreu não. Devagar, quietinha, ela foi se recompondo, caminhando difícil e bonito, com a rega do tempo cuidando.
Hoje, três anos depois, foi que me dei conta disso tudo.
Ganhei esse desenho de árvore em forma de declaração de amor há quatro anos. Faz todo esse tempo que tudo isso aconteceu e eu sigo extremamente mexida e revirada por conta de uma pessoa incrível que cruzou meu caminho, e que me atravessa sempre, sempre. Mesmo tendo já partido.
Percebi hoje. Essa árvore mora em mim. Essa árvore sou eu. E eu acho que ele já sabia disso