Aconteceu, de 19 a 23 de outubro, em Paraty, no Rio de Janeiro, o II Festival de cinema de Paraty, o Paratycine. E eu fui! hahaha... Eu fui como integrante da equipe do Gens (Grácia, Donizete, Má, Márcia e eu) para dar uma oficina de vídeo para crianças de lá. Foi super corrido, mas foi muito legal!!! Vamos à história, hehe...
Bom, eu já tinha idéia de que podia rolar Paraty há algumas semanas, mas estava chegando a quarta-feira, dia 19, e nada de me chamarem, então achei que não ia acontecer. Fato é que eu tinha alguns trabalhos a serem entregues no final daquela semana e, como achei que eu não ia eu acabei hmm... não priorizando essas coisas por assim dizer, hehe. Maaas, na 2a feira, dia 17, eu fiquei sabendo que eu ia! Eu estava na casa da Guta, assisitndo o filme que seria objeto do meu trabalho, quando recebi a ligação. Alías, um parenteses: (foi nesse dia que vi pela primeira a versão final de Dora e Ana também!) parenteses 2: (se não entendeu o anterior, leio o post abaixo...)
Tá, eu ia. Maravilha. Sairíamos às 8h da manhã da rodoviária Tietê. Acontece que eu tive aula na terça-feira o dia todo e não tive tempo de fazer o tal trabalho... Resultado: Fiquei eu lá, na casa da Grá, a madrugada inteira na frente do computador. Quase 4h da manhã (vide post abaixo) acabei tudo e mandei por e-mail pra Guta que imprimiu (em cor de rosa, né flor? hauhauh) e entregou pra mim. Ufa! Tá. Duas horas de sono depois, acordamos, tomamos café e fomos para a rodoviária. Viagem longa, quase 6 horas. Chegamos lá, deixamos as coisas na pousada e fomos conhecer as crianças. Uns docinhos!!! hahaha... Elas tinham entre 9 e 11 acho. E todas muito ligadas, encantadas com a câmera e super afim de ouvir a conversa, muito legal. Fizeram as primeiras imagens nesse dia.
Depois da oficina fomos pro lugar onde estavam rolando as outras atividades do festival. Ao lado da Igreja matriz havia um rio e em cada margem uma tenda bem grande montada onde eram exibidos os filmes, normalmente dois curtas antes de cada longa. As exibições aconteciam o dia todo e eram todas gratuitas, muito massa. Nessa primeira noite assistimos a "A máquina" - pré-estréia do longa de João Falcão, muito legal, tem um ar de fantasia e sonho que eu acho muito supimpa -, "Ímpar par" e "O irreconhecível", dois curtas, e "Filhas do Vento", outro longa, esse de Joel Zito Araújo, mas não gostei muito, ele trata da questão do racismo, o elenco é inteiramente negro, mas achei meio moralista demais.
Segundo dia de oficina, demos as noções de corte, planos e como a intenção de quem faz o vídeo é poderosa e por isso a grande importância de pensar antes de gravar. Eles fizeram os primeiros vídeos!! Nesse dia conhecemos a cidade, vimos os curtas "Red" e "dois em um", sinceramente? Péssimos. E também vimos "Cafundó" do Pualo Betti e Clóvis Bueno, é legal, mas meio longo...
Mas foi nesse dia, porém, que percebemos que nos faltava algo.... Tinhamos todo o equipamento pra edição de vídeo: o computador, as câmeras, os softwares, mas algo estava faltando.... Algo bem simples... Um cabinho... O CABO FIREWIRE!!! Nããããããããão!!!!
Rodamos a cidade toda atrás desse cabinho, mas só encontramos em um lugar: uma loja de sandálias!!!!! Sim!!! Eu explico. Estávmos nós lá, lindas e belas vendo sandálias e o Donizete sentado conversando com o dono da loja que estava atrás do balcão no seu laptop quando qual não foi a surpresa do Doni ao ver que ao lado do laptop repousava sobre a mesa um cabinho inocente, sim... ele! o firewire!!! Pedimos, pagaríamos se necessário, mas não... O filho do senhor, que era o real dono do cabo, não dobrou.
Então continuamos na nossa busca sem perspectivas... Mas pera aí! Vamos combinar! Estávmos num evento de cinema!! Câmeras, computadores, cabos firewire.... Alguém da produção tinha que ter um desses! E não é que a gente acou quem tinha? O nome do nosso salvador era Sandro! Ele estava lá como editor da equipe que cobria o evento e era ele quem tinha o firewire! Ele entendeu nossa situação, foi super prestativo e nós então por vezes levamos nosso laptop, as câmeras, cabos de bateria pra lá (o hall de entrada de uma das tendas) nos acomodamos no chão e começamos a capturar.
Detalhe é que só conseguimos essa saída na sexta-feira à noite e o vídeo final deveria estar pronto para o sábado, dia seguinte, às 16h, resultado: eu e má varando madrugada editando vídeo e depois eu perdendo o último dia de oficina com as crianças pra editar também. Mas no final conseguimos finalizar seis vídeos que mostravam a carinha de todos eles, então foi ótimo!
E às 16h do sábado os vídeos pensados, criados e gravados pelas crianças de Paraty foram exibidos na mesma telona onde os eram também vistos os longas do festival! Isso foi muito legal. Bacana também foi que o auditório encheu de crianças, algumas nunca tinham ido ao cinema e puderam sentar na primeira fila!
Aliás, isso foi uma falha do evento. Tinha gente da Índia lá e tal, mas as pessoas da própria Paraty não estavam sabendo do festival... O evento foi divulgado com cartazes no centro histórico, aquela parte bonitinha que aparece no comercial da Pousada do Sandy, mas acontece que a maioria das pessoas lá não mora naquela região, Paraty é maior do que aquilo.
Enfim, foi muito bom. E depois de tanto trabalho, eu e a Má decidimos que íamos nos divertir na nossa última madrugada lá! E fomos! Dançamos ciranda a noite toda na praça da igreja junto com o Joey, uma amigo de lá mesmo que era muuuito divertido e com outras pessoas dos mais diferentes lugares.
O que pegou na viagem: sotaque carioca!!!! hauhauauha... Muita gente lá falava o carioquêsss... saímos de lá falando assim também! hehe